quinta-feira, 3 de setembro de 2015

CADERNO IV - REFLEXÃO E AÇÃO 3

Uma forma de mobilizar vários dos conceitos discutidos nesta unidade passa pela possibilidade de planejar um trabalho interdisciplinar, em que linguagens e as diferentes dimensões do currículo: trabalho, cultura, ciência e tecnologia apareçam entrelaçados com um tema de interesse dos jovens de Ensino Médio. Entre tantos possíveis, um desses temas poderia ser estudar o que “faz a cabeça” das pessoas, particularmente dos jovens, em relação ao padrão corporal, o “ideal estético” a ser alcançado por homens e mulheres. 
Para desenvolver um trabalho nessa linha, uma possibilidade seria debruçar-se sobre uma revista ou outro artefato cultural consumido pelos jovens da sua escola, na qual o padrão corporal fique sempre em evidência. Dessa forma, para desenvolver essa atividade recomendamos que o grupo de professores escolha uma revista específica, preferencialmente, disponível em internet. 
Essa abordagem pode ser realizada em duas etapas. A primeira delas seria a da análise. Tomando como base os conhecimentos das diferentes disciplinas da área de Linguagens e de disciplinas de outras áreas, os estudantes seriam desafiados a analisar a revista em diversas perspectivas, passando tanto pelo conteúdo, como pela identificação dos gêneros textuais predominantes, os efeitos de sentidos procurados, o uso das imagens, o desenho, organização etc. 
Professores, tomando como referência essa proposta de trabalho interdisciplinar, perguntamos: Qual seriam, em sua perspectiva, os conhecimentos mais “valiosos” que o seu componente curricular poderia aportar para a análise? Qual é a relação desses conhecimentos com as dimensões trabalho, cultura, ciência e tecnologia discutidas nesta unidade? 
Na segunda etapa do trabalho, haveria a possibilidade de mobilizar os estudantes para a produção de uma revista (ou artefato similar) para tratar do tema padrão corporal a partir de um ponto de vista diferente daquele defendido e difundido pela revista analisada. Nesse contexto a pergunta é: Professores, na perspectiva de seu componente curricular, que conhecimentos são necessários para potencializar a “produção” da revista pelos alunos, tanto no que se refere ao conteúdo como a sua forma considerando o público para o qual ela é direcionada? 

Agora, tendo respondido as questões referentes às duas etapas dessa atividade pedagógica pediríamos que você, professor e professora, discutisse com os colegas sobre as possibilidades oferecidas por projetos como este para o trabalho com os estudantes, assim como para o desenvolvimento de práticas de ensino interdisciplinares. 

5 comentários:

  1. PROPAGANDA DA ITAIPAVA - VERÃO
    • Em geral a mídia devia não se preocupar em mostrar estereótipos de padrão estético, ideal estético (magro, alto, musculoso; mulher loira, alta, magra e de olhos azuis, etc.).
    • Muitas vezes o velho é descartado.
    • Nas mídias de maneira geral aparecem muitos preconceitos e um padrão de beleza determinado.
    • Liberdade de escolha (menos crítica).
    • São importantes as pessoas não serem iguais, a graça é ser diferente.
    • O corpo feminino é um produto dos mais oferecidos.
    • O que importa é o que fazemos e não a nossa aparência somente.
    • O padrão de beleza muda conforme a sociedade.
    • Hoje em dia o povo se interessa mais pelo apresentador do que o produto comercializado.
    • A mídia impõe suas regras.
    • Precisamos de liberdade.
    • A mídia e a imposição para o corpo.
    • A mídia quer todos iguais.

     Em relação à disciplina de Educação Física seria elaborado, um projeto interdisciplinar sobre o padrão estético, saúde, obesidade, corpo e mídia, etc.
     Na disciplina de Geografia seria elaborado um projeto interdisciplinar sobre o padrão estético, ideal de beleza em diferentes espaços, também em relação à mídia.

    Daniel (Geografia) e Fabricio (Educação Física)

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  2. CADERNO IV - REFLEXÃO E AÇÃO 3 - BARBARA DUARTE

    Esta atividade foi encaminhada por mim de uma maneira diferente: trouxe algumas revistas de casa (bem variadas: Superinteressante, Nova, Isto é, Veja, Mundo Estranho, Casa e Cozinha, ...) e pedi para que os alunos de reunissem em grupos de cinco pessoas. Eles deveriam observar a revista e pedi para que focassem no aspecto de gêneros através de duas perguntas: 1. Qual seria o papel da mulher naquela imagem e para a sociedade naquele momento? 2. Aquela imagem pode ser ofensiva ou estimuladora?
    Dei apenas 10 minutos para desenvolverem a atividade e eles fizeram trabalhos maravilhosos:
    Indagaram sobre fotos que apresentava um homem, uma mulher e um casal de crianças como símbolo de família (questionando a nova lei que define família); reportagens que traziam homens sarados mostrando seu corpo e outras mulheres saradas (questionando porque o homem é o rei do pedaço e a mulher vira apenas um objeto); fotos de mulheres que não chamariam a atenção, mas ao lerem a reportagem observaram porque elas estavam lá (executivas de sucesso; atletas renomadas; até cientistas com recordes em pesquisas sobre vulcões); até mulheres de avental, servindo ao seu filho (fato que eles repudiaram achando que a mulher não pode ser dependente e ficar em casa - o que eu acho que não vai da nossa opinião, mas da vontade da mulher); e mulheres "feias" fazendo propaganda de cerveja (como se aquela cerveja fosse ruim ou se o homem bebeu pouco) ou para mostrar ofensivamente o corpo (como uma mulher obesa de shorts levando sacolas e a expressão "carga total"). Enfim, em pouco tempo eles fizeram várias reflexões que ainda pretendo discuti-las em sala, mostrando como cientistas tiveram que lutar contra o mundo para garantir seu papel na sociedade.

    Várias disciplinas poderiam auxilar nesta atividade se completa até o final como elaborar a revista precisa de conhecimentos artísticos, lógicos, filosóficos, sociais, químicos e do correto manuseio da língua portuguesa.

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  3. Foi solicitado a uma turma do 2.º ano do Ensino Médio, que folheassem revistas e observassem imagens referentes ao padrão corporal da mulher. Após o manuseio, escolheram uma imagem em que o padrão corporal feminino estivesse em evidência e feita a análise da imagem escolhida, algumas coisas foram destacadas pelos alunos:
    - A valorização da mulher na sociedade atual, apesar de que muitas vezes ela ainda é vista como mercadoria.
    - A utilização da figura feminina em anúncios publicitários, despertando tanto o desejo masculino quanto o feminino. Os homens se interessam pelo ícone sexual e as mulheres a ilusão de quererem ficar igual as modelos, como se as qualidades das modelos viessem junto com o produto ofertado.
    - A utilização abusiva do corpo feminino nas propagandas, anúncios tendo a intenção de mexer com os sonhos e desejos do público consumidor e de vender o produto.
    - A maioria das vezes as mulheres são expostas como uma forma de padrão perfeito a ser seguido e invejado.
    - A sociedade impõe o padrão de mulher com medidas perfeitas, o que acarreta em muitas mulheres iludidas pela mídia, a magreza excessiva, ou seja, anorexia e bulimia.
    - A intenção de mostrar o uso da beleza de um jeito atrativo aos olhos do consumidor, gerando um maior lucro nas vendas dos produtos.
    Este trabalho foi relevante porque possibilitou aos alunos que o realizaram, que eles pudessem refletir sobre a importância de olhar para o ser humano como ele é, ou seja, sem estereótipos, independentemente daquilo que a mídia ou os padrões impostos pela sociedade nos ditam.
    Enquanto pedagogas, cremos que há grande necessidade de realizarmos um trabalho de orientação, oportunizando aos nossos alunos que reflitam seu papel na sociedade, seja homem ou seja mulher, antes de mais nada somos seres humanos que precisam ser respeitados e valorizados do jeito que são.
    Mais do que nunca a necessidade de uma sociedade que não seja excludente e que compreenda que a beleza é relativa e está em todo lugar, em todo tempo e em todos nós!!

    Equipe: Mônica, Rosiani e Suzete.

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  4. A turma que se debruçou diante de revistas e se propôs a articular com imagens corporais que lhes sejam significativas, discutindo a midiatização do corpo, suas incoerências e a imposição de um padrão de beleza. Nossos alunos refletiram acerca da irrealidade que o uso dos corpos extremamente magros, esteticizados, padronizados, pois esses não são os corpos que para nós representa o atraente, o saudável, aquele que ama, que vive uma vida real. Por que não o cheinho, o magro, o gordo, o baixo, o alto, o negro, o chinês, o árabe.... enfim, os personagens da vida real. Portanto, qual é a relação desses conhecimentos com as dimensões trabalho, cultura, ciência e tecnologia discutidas nesta unidade? Para nós, é importante decodificar tais propostas para propor uma comunicação menos calcada em exteriótipos, mas valorizando a história de vida que se imprime na vida, no corpo, na fala, nos gestos....
    Daniele Franco e Cristine C. de Amorim

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  5. Para realização desta atividade foi escolhido um primeiro ano e a turma foi dividida em grupos com três ou quatro alunos e foram distribuídas algumas revistas para os grupos e os alunos escolheram propagandas e analisaram as mesmas e fizeram algumas criticas da propaganda s escolhidas tais como :
    -Muita exploração da imagem da mulher , a mesma sendo usada como chamariz para vender de tudo . A mulher com o corpo ideal usada como propaganda .
    - O Marketing não usa ou usa muito pouco os negros como modelos .
    - Propagandas que induzem apenas ao consumismo colocando de lado as prioridades e muitas vezes a indução a consumo sobrepondo até mesmo a necessidades .
    - A Mídia tentando a todo momento impor regras de consumo e padrões que a mesma julga que estão na moda e impondo como regras de consumo.
    -A Imposição de conquista do corpo ideal e perfeito como fosse o principal objetivo da conquista da felicidade.
    - A exploração abusiva da sensualidade feminina muitas vezes tornando se vulgar .
    - O não uso de grupos mais discriminados nas sociedades como os mais gordos , o baixo , o negro , o Haitiano , o Chinês , o Árabe , o Mulçumano .....
    De modo geral os alunos mostraram muito críticos e apresentara algumas sugestões , que é possível fazer marketing sem a exploração do corpo , sem discriminações usando mais a criatividade e o bom senso não direcionando aos exteriótipos impostos pela mídia e sim valorizando mais o ser humano .
    Prof Enzo A Souza , Maria Luiza e Denise .

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