sexta-feira, 29 de agosto de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO III - TÓPICO 1

As decisões sobre o currículo se instituem como seleção. Na medida em que se trata de uma seleção, e que esta não é neutra, faz-se necessário clareza sobre quais critérios orientam esse processo de escolha. 
Promova um debate entre os professores participantes deste curso tendo como tema a seguinte questão: 

“Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?” 
Registre esse debate e compartilhe as conclusões em suas redes de contato.

Recomenda-se que cada professor tenha em mãos a Diretriz Curricular de sua Disciplina.

19 comentários:

  1. Arlete Dolny - Profª Língua Portuguesa e Literatura - CEP11 de setembro de 2014 às 14:08

    DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA (do ESTADO DO PARANÁ) - conteúdo (fragmentos) às páginas 50, 51, 53, 54 e 55.

    Nestas Diretrizes, considera-se o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos envolvidos nesse processo.
    Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica:
    "[...] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundárias em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão [...]." (NEVES, 2003, p.89)
    Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua - sejam de leitura, oralidade e escrita.
    Destaca-se que o letramento, de acordo com Soares (1998), refere-se ao indivíduo que não só saber ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, posiciona-se e interage com as exigências da sociedade referente às práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto social.
    O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos):
    "[...] (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados)." (FARACO, 2002, p.101)
    A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando "seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos" (SOARES, 1998, p. 18).
    Todo texto é, assim, articulação de discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo.
    ... o texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações dialógicas.
    Sobre as relações dialógicas, Faraco acrescenta:
    "Para haver relações dialógicas, é preciso que qualquer material linguístico (ou de qualquer outra materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do discurso, tenha sido transformado num enunciado, tenha fixado a posição de um sujeito social. Só assim é possível responder (em sentido amplo e não apenas empírico do termo), isto é, fazer réplicas ao dito, confrontar posições, dar acolhida fervorosa à palavra do outro, confirmá-la ou rejeitá-la, buscar-lhe um sentido profundo, ampliá-la. Em suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de sentido de determinada espécie, isto é, relações que geram significado responsivamente a partir do encontro de posições avaliativas." (FARACO, 2003, p.64)
    Dessa forma, pode-se dizer que os nossos enunciados são heterogêneos, uma vez que emergem da multidão das vozes sociais. Faraco (2003) destaca que é nessa atmosfera heterogênea que o sujeito vai se constituindo discursivamente.

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  2. Arlete Dolny - Profª Língua Portuguesa e Literatura - CEP11 de setembro de 2014 às 14:43

    (continuação da 1ª parte, que foi interrompida pelo ínfimo número de caracteres)

    Para Bakhtin (1992), os tipos relativamente estáveis de enunciados são denominados gêneros discursivos.
    Os gêneros discursivos "são formas comunicativas que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos interativos" (MACHADO, 2005, p.157). Nessa concepção, antes de o gênero constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica com a língua.
    O aprimoramento da competência linguística do aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está inserido. Bakhtin (1992, p.285) afirma que "quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles nossa individualidade (onde isso é possível e necessário) (...)".
    O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos. Para que isto se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.
    É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não pode trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, seria a-histórica e elitista.
    Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
    - empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
    - desenvolver o uso da língua em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
    - analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguistíco-discursivos;
    - aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
    - aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
    É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida.

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  3. Arlete Dolny - Profª Língua Portuguesa e Literatura - CEP11 de setembro de 2014 às 15:01

    A DIRETRIZ CURRICULAR ESTADUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA conforme o que se pode, em partes, observar naquilo que está exposto em publicações 1 e 2, apresenta uma ampla possibilidade de planejamento curricular para o ensino e prática da língua em/durante a formação básica do estudante para quantas esferas sociais possa ele estar ou vir a estar inserido, pois que sugere o Conteúdo Estruturante: discurso como prática social, indicações de conteúdos básicos - os gêneros discursivos conforme as esferas sociais de circulação. Apresenta, ainda, sugestões de abordagem teórico-metodológica, bem como de avaliação para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
    Cabe, portanto, ao professor selecionar os gêneros, nas diferentes esferas, conforme o Projeto Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular, o Plano de Trabalho Docente, que atendam às características da escola e ao nível de complexidade adequado ao que os estudantes em cada série, espera-se, possam praticar.
    É minha opinião pessoal que, se o professor de Língua Portuguesa e Literatura fizer o trabalho honesto de desenvolver as práticas de leitura, de escrita, de oralidade e de análise linguística que atendam grande parte dos conteúdos básicos sugeridos na Diretriz Curricular Estadual, os estudantes das escolas das redes públicas de ensino poderão obter aptidões necessárias e suficientes para um relacionamento adequado e confiante no mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.

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  4. Mônica Soares - Pedagoga12 de setembro de 2014 às 11:32

    Caderno 3- Tópico I
    Esta pergunta permite que eu me coloque no texto, porque antes de respondê-la é necessário que me posicione como profissional da pedagogia. Na verdade todos somos profissionais da pedagogia!!
    Isto, se reitera ao entendermos o significado e a etimologia da palavra pedagogia. O termo pedagogia, do grego antigo, paidagogós, era inicialmente composto por “paidos” ( criança) e gogia (conduzir, compartilhar). Outrora, o conceito fazia portanto referência ao escravo que levava os meninos à escola. Atualmente, a pedagogia é considerada como sendo o conjunto de saberes que compete à educação, fenômeno social e humano. Trata-se de uma ciência aplicada ao carater psicossocial, cujo objeto de estudo é a educação. Em outros casos, destaca-se não como ciência, mas como antes um saber ou uma arte.
    Sobretudo, porque defini-la agora¿ Entendo que todos inseridos no contexto educacional fazemos pedagogia. Portanto, quero aqui responder a questão não selecionando uma das disciplinas referidas nos DCNEMS, mas responde-la como profissional da educação, em meu “fazer”diário de trabalho e nas relações as quais trato diariamente .Na dinâmica social no mundo do trabalho se reitera em um” fazer” pedagógico voltado para as necessidades da juventude a qual trabalho, e inserida em minha realidade diária, seja apenas estudante ou estudante /trabalhadora. Seu ingresso e continuidade de seus estudos e seu entendimento com o mundo de trabalho. Para uma relação do estudante com o mundo do trabalho é necessário promover reflexões, enfocando não apenas na sobrevivência como trabalhador, porém o seu ingresso no trabalho respaldado pelo conhecimento científico, cultural e tecnológico. Esta concepção permeia os DCNEMs , assim como a organização do trabalho pedagógico e o plano de trabalho docente. Trabalhando neste enfoque, por mais difícil que seja a idéia equivocada que o estudante logo deva ingressar em uma faculdade em busca de sua profissão ou ainda ingressar em algum ofício sem a compreensão de que faz cultura e história, ainda assim, é necessário que se desenvolva este entendimento.

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  5. Diretrizes Curriculares de Geografia- Caderno 3 - Tópico 1.

    Em relação as Diretrizes estaduais de Geografia observa-se uma interessante organização da ciência geográfica. Na dimensão histórica constata-se uma trajetòria desde os primeiros tempos na Antiguidade até os dias atuais com a ciência geográfica sistematizada.
    É importante destacar que os conteúdos estruturantes com as suas dimensões devem ser explicitados nos Plano de trabalhos Docente
    ( Dimensão Cultural.Econômica, Política e Cultural).
    Os encaminhamentos para o ensino de Geografia no Ensino Médio são diversos e devem ter um posicionamento crítico com uma análise de totalidade no contexto do cenário geográfico mundial, leva-se em conta a historicidade dos lugares e uma interligação entre os diferentes lugares.O ensino de Geografia na contemporaneidade não deve ser fragmentado e sim percebido pelas diferentes dimensões aqui já explicitadas.
    As práticas pedagógicas devem ser diferenciadas, como exemplo: Trabalho de campo, uso de cartografia e suas práticas no espaço geográfico,Uso de filmes relacionados aos conteúdos e também utilizar da literatura para a explicitação dos diferentes cenários geográficos e outros.
    A avaliação utilizada na escola pode ser de diferentes formas como: provas, relatórios de filmes e vídeos, charges e tirinhas relacionados aos conteúdos de sala de aula e outros,Também a avaliação deve ser discutida e rediscutida na escola pensando o que avaliar/ como avaliar? de que forma avaliar?
    Em um mundo globalizado mais do que nunca a geografia merece destaque na escola e as suas práticas devem ser sempre repensadas, assim como as suas metodologias e a avaliação. ( Daniel José Gonçalves Pinto- Geografia)

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    1. Continuação: Diretrizes Curriculares de Geografia.

      O ensino de geografia na escola deve contribuir para a cidadania assim acaba contribuindo para a vida e para o mundo do trabalho. O conhecimento da ciência geográfica e suas tecnologias irão contribuir no contexto geral para um maior acervo de cultura e para uma leitura de mundo sob o ponto de vista do espaço.( Daniel José Gonçalves Pinto- Geografia)

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  6. Muito boas colocações! De uma enorme relevância significativa principalmente no que tange as aulas de Língua Portuguesa.

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  7. Segundo as diretrizes estaduais de Física, essa área do conhecimento deve educar para a cidadania e contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história.
    Albano - Física

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  8. Segundo as diretrizes estaduais de Física, essa área do conhecimento deve educar para a cidadania e contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história, bem como compreender que a produção do conhecimento não é neutra, mas está comprometida com aspectos sociais, políticos econômicos e culturais e com as estruturas que os representam. Para isso, é importante localizar os conteúdos a serem trabalhados em todo o seu contexto, promovendo as inter-relações e estreitando a distância entre teoria e prática. Uma abordagem pautada, também, na História da Ciência é tida como um caminho capaz de superar esses desafios. A relação entre capital e trabalho é citada no sentido de que o entendimento da sociedade capitalista passa pela sua compreensão e que, a ciência, é um dos alicerces para que se realizem avanços na sociedade.
    Albano - Física

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  9. Segundo as Diretrizes Curriculares, a Arte trabalha no sentido de promover a leitura e a qualificação do Mundo, preparando as estruturas perceptivas, servindo, então, como fonte de Humanização. Pode-se, portanto, considerá-la englobando três vertentes das teorias críticas: Arte como forma de conhecimento, Arte como ideologia e Arte como trabalho criador, por reconhecê-las como aspectos essenciais da mesma na sua complexidade de produto da criação Humana. Dessa maneira, consideramos como elemento fundamental de formação humana estabelecendo interfaces com o Trabalho ,
    com o desenvolvimento da Ciência e com a Tecnologia da Cultura.

    Daniele Franco e Cristine Christofis de Amorim (Arte)

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  10. Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entendesse a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
    Nesse sentido, segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Física, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
    Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
    Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.
    Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:
    • Cultura Corporal e Corpo;
    • Cultura Corporal e Ludicidade;
    • Cultura Corporal e Saúde;
    • Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
    • Cultura Corporal e Desportivização;
    • Cultura Corporal – Técnica e Tática;
    • Cultura Corporal e Lazer;
    • Cultura Corporal e Diversidade;
    • Cultura Corporal e Mídia.

    Os conteúdos estruturantes com as suas dimensões devem ser explicitados nos Plano de trabalhos Docente são: Esporte; Jogos e brincadeiras; Ginástica; Lutas e Dança.

    A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e reflexão sobre: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo; os extremos sobre a questão salarial dos atletas; os extremos de padrões de vida dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.
    E, segundo SILVA (2001, p. 86), os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na Modernidade, e implicam a convergência de uma série de elementos: as tecnologias para tanto vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços voltados para o corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai sendo substituída pelos prazeres do ‘corpo’; a implicação lógica do processo de secularização com a identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponde à expectativa desse tempo, um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual, os vestígios de naturalidade sejam eliminados.

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  11. A atuação do professor da disciplina de Biologia é voltada ao objeto de estudo principal do conteúdo: o fenômeno vida. O conhecimento da Biologia deve portanto subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento sensato de recursos naturais e na interação do homem x meio ambiente sempre levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a vida funciona e a natureza se expressa.

    Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em que a disciplina é contemplada nos currículos escolares.

    Portanto, a disciplina de Biologia se pauta na valorização do conhecimento disciplinar e na compreensão da ampla rede de relações entre produção científica, a tecnologia, cotidiano e a validade ou não das diferentes teorias científicas.

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  12. Nas diretrizes curriculares da Física, nós educadores, devemos trabalhar com o objetivo de formar cidadães críticos, capazes de questionar e opinar ideias e teorias relacionadas à natureza. Para isso, exige-no que direcione os conteúdos entre os aspectos sociais, políticos econômicos e culturais promovendo a inter-disciplinaridade afim de unificar as ideias teóricas e práticas.

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  13. “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?”

    Considerando que todos os fatos e fenômenos que ocorrem no nosso planeta azul ocorrem no espaço geográfico e que este espaço geográfico é o objeto de estudo da Geografia, podemos dizer que o ensino da Geografia esta totalmente atrelado com a realidade dos alunos e do restante da sociedade.
    Exemplo: (Apenas um entre muitos): O conteúdo de Geografia no 1º ano do EM tem, entre outros, o estudo do solo. É do solo que tiramos a matéria-prima para fazermos nossas casas/prédios e todos os bens que usamos no nosso cotidiano. É do solo que tiramos o nosso alimento.
    Para o aluno é de fundamental importância entender como o solo vai se formar, quais os seus elementos, as suas propriedades e de que forma o solo contribui para a sobrevivência da espécie humana.
    Profº Elói R. de Oliveira

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  14. As Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino da História entendem que os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo como o objeto de estudo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente com o mundo.
    Partindo desse pressuposto o ensino de História busca suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento.
    Nilton Cezar dos Santos.

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  15. Pelas diretrizes curriculares estaduais de matemática, temos que selecionar os conhecimentos, organizar e verificar para que serve. Desta forma o currículo deve ser organizado através do conhecimento a ser desenvolvido, listando os objetivos a serem atingidos através de atividades planejadas, estabelecendo métodos e conteúdos necessários para o desenvolvimento dos valores dos estudantes, levando os mesmos a serem cidadãos capazes de decisões rápidas, claras e objetivas, bem como torná-los transformadores da sociedade.
    Atualmente o currículo produzido após diversas discussões entre educadores possui algumas divergências entre o currículo que é realizado na prática. Diante disso alguns estudantesnão conseguem relacionar o que é estudado com as suas vivências cotidianas.
    O conhecimento matemático é uma atividade humana em construção, e possibilita aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias fazendo com que o estudante amplie seu conhecimento e por consequência contribua para o desenvolvimento da sociedade.

    Denise Adriane Regis
    Enzo Aparecido de Souza

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  16. O Ensino de Química é visto como aquele que possibilita o aluno compreender as transformações do mundo. Porém, esta visão fica mais na definição da disciplina que em sua prática, ou seja, na forma que ela acaba sendo abordada.
    Conforme citado por mim em outros tópicos, uma recente postagem da atriz Denise Fraga (que visivelmente visava questionar o currículo escolar, mas, no meu ver, a autora infelzimente se perde e acaba envolvendo pessoalmente o Ensino de Química), acaba demonstrando que muitas vezes nosso foco está tão preso ao cotidiano, que esquecemos o porque do ensino de química no currículo escolar.
    A química realmente não está inserida apenas no mundo de trabalho, mas também na tecnologia e na cultura.
    Por exemplo, um metalúrgico deve reconhecer bem os metais com o qual ele trabalha e entender duas ligações para conferir ao seu produto um bom resultado. Um chef deve observar como um produto se degrada se não respeitar condições mínimas de preservação, ou seja, se acabar acelerando a velocidade de uma reação. Quem dirá um médico, um farmacêutico, ou até mesmo um advogado que tenha uma questão ambiental a resolver.
    A área tecnológica realmente camiha a passos mais rápidos que a área científica da química. Porém se não existisse todos os estudos sobre os materias, jamais seriam desenvolvidos micro chips, baterias carregáveis, ou seja, os avanços tecnológicos também estariam limitados.
    Prof.a Barbara

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