sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ATIVIDADE CADERNO V

Como orientado, a atividade do Caderno V deverá ser um único texto reflexivo envolvendo os 06 Tópicos.
Deverá ser feito em dupla e postado aqui! 
Constar título, nome completo e disciplina da dupla. 

Temas: 

1 - Gestão democrática da educação e gestão democrática da escola 
2 - A direção da escola e a gestão democrática 
3 - O Conselho Escolar e a gestão democrática 
4 - O Grêmio Estudantil e a gestão democrática 
5 - Os desafios da prática: a gestão democrática da escola pública 
6 - A gestão do trabalho pedagógico: o PPP em ação 

 Bom trabalho!

14 comentários:

  1. Gestão Democrática nas Escolas

    O debate sobre a Gestão Democrática é uma temática presente na fala dos diferentes atores da comunidade escolar é muito importante para o trabalho na educação. A gestão democrática requer a participação de todos (as) na tomada de decisões no ambiente escolar. Em relação a nossa prática em vários estabelecimentos em que passamos, alguns com mais democracia outros com menos, percebemos que muitas vezes as ideias discutidas em reuniões não são bem aproveitadas e somente as decisões de alguns prevalecem seja por diferentes razões: muita dispersão nas falas dos envolvidos (as) , dificuldade em focar no que é realmente importante para o coletivo, alguns indivíduos possuem o" poder da palavra" ou seja gostam de falar em público ou são menos tímidos e muitas vezes as suas opiniões são acatadas como a da maioria, diante disso é importante destacar a complexidade do ambiente coletivo , assim como os momentos, as pautas de reuniões e outros aspectos que são necessários para uma boa gestão democrática. Podemos definir como Gestão Democrática o processo de tomada e retomada de decisões por todo um coletivo, no caso escolar que seja debatido e respeitado o grupo em questão com seriedade e ética.
    Em um ambiente coletivo encontramos diferentes sujeitos, cada um com a sua visão de mundo, história de vida, valores e outros e no cotidiano a tomada de decisões assim como posturas individuais e coletivas devem ser repensadas e refletidas e que cada um possa contribuir para uma melhor gestão escolar.
    É destaque que participar da gestão escolar é de suma importância para uma maior qualidade da educação seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Devemos assumir uma postura responsável e ética dentro de uma escola e na vida de forma geral. São muitos os desafios para uma boa gestão democrática mas a vontade de ter um um ambiente baseado na ética e compromisso com uma educação de qualidade é o inicio de uma boa gestão democrática.
    Um bom exemplo de situação/decisão que poderia ter sido feito de forma coletiva e não ocorreu, foi o fato do cancelamento das eleições para diretores de escola decretado pelo governo estadual. Uma decisão tão importante e que afeta a vida de um conjunto enorme de profissionais da educação, pais/responsáveis e alunos, não poderia ter ocorrido da forma como ocorreu. Mudar a lei para atender um grupo de profissionais -os diretores de escola- é no mínimo uma atitude contra os princípios democráticos ou um golpe contra a democracia e contra a gestão democrática nas escolas.
    Estas medidas contrárias ao que a maioria dos profissionais da educação e comunidade escolar pensa, vão afetar todo um processo histórico de lutas pela democratização e devemos nos posicionar contra tal atitude e, junto com o sindicato, cobrar do governo estadual a volta do processo democrático nas escolas.

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  2. O Conselho escolar da escola em que trabalhamos é bem atuante, embora seja necessário algumas ponderações que já foram repassadas para um membro do conselho escolar. Algumas ponderações no sentido de melhorar ainda mais o trabalho na escola: Divulgar a pauta com antecedência das reuniões, divulgar em ambiente acessível a todos (as) da comunidade escolar dos representantes de cada segmento escolar, incluir no site da escola um link especifico do conselho escolar para maior divulgação das informações, entre outras. Também é importante destacar que os diferentes profissionais da escola devem se interessar pelas questões do conselho e não apenas cobrar informações e soluções do referido conselho. Uma das decisões levadas pelo grêmio da escola foi uma consulta sobre o uso de bermudas: foi decidido provisoriamente que seria autorizado mediante regras claras e que seria dado um período para avaliação da decisão tomada e posterior retomada do assunto.
    O Grêmio Estudantil do colégio onde trabalhamos é bem atuante na luta pelos direitos e deveres dos alunos. Na realidade o Grêmio Estudantil é um elo entre os alunos e a direção do colégio/professores para fazer valer os direitos dos alunos e também cobrar dos mesmos o cumprimento das decisões tomadas em conjunto com a direção escolar.
    As formas como podem ser rompidas e superadas as práticas patrimonialistas na escola são: Romper com a cultura “de quem tem poder manda e quem não tem obedece”, isso se deve ao fato de algumas pessoas por questão de melhor nível social e financeiro julgam-se superiores a outros indivíduos de menor estrato social e econômico. Na vida em sociedade, muitas vezes algumas pessoas se acham acima da lei como é o caso vinculado nesse ano na mídia, o juiz que processou a profissional do trânsito que lhe aplicou multa por estar sem documentos do veículo e outros. É importante que a escola dentro dos conteúdos das disciplinas escolares debata a ética, assim como os valores para uma melhor vida em sociedade, como também as famílias..Destaca-se que com o avanço da democracia, a lenta mas melhora social da população brasileira e educacional, destacando o maior acesso à educação pública , o maior acompanhamento das mídias e o aumento da velocidade e acesso das informações devido à tecnologia o patrimonialismo da cultura nacional vem sendo debatido com maior ênfase no país e é papel também da escola pegar para si esse papel de análise crítica.
    Professores: Elói e Daniel (Geografia)

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  3. Caderno V


    A discussão sobre gestão democrática é bastante ampla como bem colocado no caderno V, envolvendo políticas públicas, as esferas próprias da escola, desde os professores aos funcionários, alunos, direção e comunidade e suas relações com os poderes públicos. Como bem encaminhado, a democracia é um exercício constante que não é dado e, sim, conquistado. Por meio do exercício das tensões estabelecidas pelas diferenças, a busca por um caminho melhor que possa representar a maioria, significa que é preciso estabelecer o diálogo e ceder muitas vezes, para conseguir traçar esse caminho que não se encontra pronto. Parece que é aí que muitas vezes se perde o rumo, pois , tem-se a ilusão de que o caminho jé existe e que somos nós que nos adequamos ou não, perdendo a individualidade e as particularidades. Em função desta mesma ilusão é que a ideia de democracia nos acaba sendo dada como produto pronto. Historicamente, já aprendemos que a abolição foi assinada como “presente”, a Independência proclamada pelo descendente da família real, a república proclamada por um sujeito X, enfim, as decisões importantes que visam ao futuro de uma sociedade mais igualitária e democrática “prescinde” das pressões populares que as demandam e são “presentes” ofertados por pessoas “especiais” de nossa história. Será que é por essa narrativa histórica que aprendemos a esperar que o espaço democrático nos seja dado e não por nós conquistado?
    Na escola, muitas vezes consideramos que as decisões não são apresentadas de maneira democrática, sendo imposta como decisão da gestão e ponto. No entanto, também é importante perceber que em ocasiões de exercício democrático, nas quais os pares são postos a decidir, ainda não conseguimos superar as diferenças por um ideal comum, como, por exemplo, uma expectativa na educação. É preciso avançar bastante e amadurecer essa prática.
    Tendo em vista esse preâmbulo, por entendermos que a gestão e o exercício democrático são conquistas e práticas que não se resumem à decisão final constante no ato de votar, precisamos nos focar na construção de um PPP do qual participe a maioria, e que essa maioria consiga percebê-lo como seu documento de construção e de planejamento democrático. A partir desse documento norteador e cuja dinâmica se manifesta na realidade vivida, podemos nos referir à construção dos objetivos a serem, preservados, alcançados e construídos por um conselho escolar realmente representativo, por um grêmio também representativo e por uma direção que se entenda como representante de sua comunidade.

    Daniele Franco e Cristine C. de Amorim (arte)

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  4. Arlete Dolny - Língua Portuguesa e Literatura1 de dezembro de 2014 às 15:30

    CADERNO V -
    Conforme o dicionário Houaiss, democracia é, segundo duas das definições, sistema político em que os cidadãos elegem seus dirigentes por meio de eleições periódicas; regime em que há liberdade de associação e de expressão e no qual não existem distinções ou privilégios de classes hereditárias ou arbitrários.
    Considerando a escola um espaço democrático no qual se concebe que a educação pública é um direito social, político e civil para a realização plena da liberdade, da dignidade humana e da ação política democrática, dever-se-ia buscar construir na escola um processo de participação coletiva relativa às tomadas de decisões, após compartilhamento de opiniões, pareceres, discussões e reflexões em reuniões em que há um grande número do coletivo escolar representado. No entanto, é bastante comum que muitas das ideias, das opiniões se percam, não sejam consideradas, devido, talvez, à falta de argumentações que fortaleçam e fundamentem aquilo que foi sugerido.
    À escola cabe ter e reescrever o seu PPP continuamente, pois é ele o documento norteador para tantos outros necessários para o efetivo funcionamento da mesma.
    Desde a direção, representante maior da comunidade escolar, e a todos os que a constituem e nela trabalham, porque participativos e participantes, cabe a responsabilidade com o planejar, o elaborar, o opinar, o discutir, o compartilhar, o avaliar, o decidir os objetivos a serem alcançados para que se faça a educação libertadora, digna e democrática.

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  5. Quando mais se falou em democracia no interior da escola, menos democrática foi a escola; e, quando menos se falou em democracia, mais a escola esteve articulada com a construção de uma ordem democrática.
    A gestão tanto da educação quanto da escola precisa e deve ser sempre democrática para que possibilite a participação de todos na reflexão e na tomada de decisão das ações para os benefícios para todos.
    Percebe-se que quando todos têm a oportunidade de participar das reflexões, organizações, planejamentos e decisões, torna-se mais fácil a aprovação e a continuidade dos projetos, uma vez que essa construção partiu do coletivo. As pessoas precisam se manifestar, argumentar, se envolver e buscar seus direitos e fazer valer, para não terem de pagar por isso, contudo é preciso ter ciência de que todo o cidadão também tem deveres a cumprir.
    A gestão escolar para que possa ser chamada de gestão democrática é preciso que todos os membros que fazem parte da comunidade escolar tenham ciência e participação de tudo o que se faz dentro e fora da escola com os recursos da A.P.M. ou com recursos privados.
    O tempo é fator fundamental para uma gestão democrática, pois essa prática exige tempo para falar de tudo e ouvir um ao outro, pensar e refletir juntos, planejar, organizar e avaliar prós e contras de uma realidade consensual e jamais levar para o lado pessoal. Sempre com muito profissionalismo, ética e acima de tudo, muita responsabilidade ouvindo as partes envolvidas para só então tomar uma decisão para que esta possa ser a mais assertiva possível, lembrando que atitudes e decisões precipitadas dificultam e adiam bons resultados.
    A gestão democrática pode ser iniciada por qualquer membro da comunidade escolar e também pode partir de uma situação ocorrida na escola, seja ela, uma briga, uma proposta de atividade, uma festa ou até uma reflexão sobre uma avaliação, e partindo disso surgir uma reflexão de grande importância da participação coletiva na solução dos problemas.
    O conselho escolar precisa estar ciente e participar de todas as decisões sobre as ações da escola, sempre com o intuito de colaborar com os benefícios das melhorias no espaço escolar, favorecendo o bem estar, físico e psicológico de todos os integrantes que passam a maior parte do tempo dentro da escola. Portanto, deve partir do conselho escolar as prerrogativas das necessidades a que a escola se submete, para que juntos após discussões sobre os temas, reflexões e organizações seja possível serem tomadas as decisões necessárias e cabíveis à cada instituição.
    Os participantes do conselho escolar, bem como direção ou qualquer outro cargo, precisam ter claro que jamais poderão defender interesses pessoais, uma vez que, estão atuando em cargos públicos em prol de uma comunidade, a qual lhes confiou uma responsabilidade para que pudesse tomar as decisões cabíveis e necessárias. O conselho escolar também tem a liberdade na decisão por convocar a comunidade para participar de uma reunião para discutir algo que se busque pela escola até mesmo sem a participação da direção da escola.

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  6. CONTINUANDO...

    Além do conselho escolar toda escola precisa ter também o grêmio estudantil e é interessante salientar aqui, que na grande maioria das vezes o grêmio não é aproveitado de forma correta e eficaz dentro da escola, pois a eles são designados tarefas como: promoção de eventos reduzindo a interação destes dessa forma, ofuscando a participação dos jovens em outras deliberações que ultrapassam essa esfera como a discussão e a promoção de debates sobre o (P.P.P.) Projeto Político Pedagógico, a participação nos Conselhos de Classe bem como, os outros temas de interesses destes, como o trabalho, a cultura, a vida social, saúde, transporte e também do contexto da vida familiar dos jovens.
    Para que a escola pública tenha uma gestão democrática se faz necessário que tudo o que aconteceu na escola deve ser levado à equipe que auxilia a direção nessa prática, para que haja um debate e que se possa chegar a um consenso nas discussões, pensando sempre no bem comum por mais simples que seja a situação. A escola necessita de autonomia, mas também precisa seguir regras e direcionamento como as leis que estruturam a educação nacional, isto é a LDB, contudo a escola pode e deve, adequar essas leis de acordo com as necessidades da comunidade em que a escola está inserida para que o ensino e a aprendizagem tenham significado e possam motivar os jovens a buscar sempre mais o conhecimento. Quando se pensa em processo educativo, logo se pensa em escola, professores e alunos, por isso é importante incluir esses últimos como sujeitos pensantes e participativos e não como meros expectadores na condição de simples consumidores. Sendo assim, é de extrema importância que se tenha claro que autonomia não se concede, se conquista.
    É importante perceber que quando as regras são ditas, isto é, chegam prontas e definidas de cima para baixo sem a consulta e participação do coletivo, estes por sua vez sentem-se meros espectadores e cumpridores de suas funções, ceifando assim a iniciativa e o poder de colaboração e participação daquilo que é o processo educativo.
    Muitas vezes os pais não participam da vida escolar, por nem imaginarem que possa existir tal possibilidade, nesse caso a falta de comunicação e acesso a informação dificulta a colaboração daquela que seguramente é a fatia mais importante para a construção de uma educação de qualidade, pois a família é ou deveria ser a maior aliada da escola nesse processo.
    Pode-se dizer que muitas vezes os familiares não participam por se sentirem menosprezados, pelo fato de não atingirem o mesmo nível no grau de instituição dos educadores da escola ou até por não entenderem qual é o verdadeiro papel da escola na vida dos seus filhos ou até mesmo pela gestão não favorecer o acesso à essa participação.
    Quando se pensa em Projeto Político Pedagógico se pensa em intenções e decisões para as ações necessárias para se formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados, críticos e criativos. Porém o P.P.P. só pode ser considerado como tal quando de fato existe ou existiu a participação da comunidade na construção deste, ou seja, se no momento da construção da autonomia dos participantes foi assegurada, e se a decisão tomada esteve representada pelo colegiado.
    Um dado muito importante a ser considerado no momento da construção ou da reconstrução do Projeto Político Pedagógico da escola é o diagnóstico da realidade no reconhecimento dos alunos, da comunidade e das necessidades destes, considerando o contexto em que vivem.

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  7. A participação coletiva na tomada das decisões no ambiente escolar requer uma mudança de atitude de todos aqueles que, de alguma forma, estejam inseridos nesse meio, daqueles que formam o que costumamos chamar de comunidade escolar.
    Essas mudanças vão desde o “querer participar”, identificando os fatores que fazem com que a participação seja insuficiente e trabalhando em prol da superação dos mesmos, na tentativa de se fortalecerem as relações entre os grupos e seus representantes, até o amadurecimento de cada indivíduo, no sentido de que possíveis divergências de opinião, naturais em qualquer processo que se diga democrático, não resultem em disputas pessoais com a finalidade de se beneficiar (ou prejudicar) apenas um pequeno grupo ou uma determinada área (como ocorre com certa frequência nas escolas), mas que essas divergências sejam tomadas como possibilidades de uma construção de interesse coletivo.
    É provável que nossa pouca experiência com a democracia, seja ela em âmbito nacional, na escolha de nossos governantes, ou no que tange à gestão escolar, seja um fator chave para a superação dos problemas. Nossa falta de compreensão e vivência em sua plenitude, quando direitos e deveres de cada cidadão nem sempre são respeitados, inclusive pelos próprios cidadãos acarreta em uma série de resultados que distorcem seu real significado.
    Nas escolas esse fenômeno tem grande responsabilidade pelo insucesso na consolidação dos projetos político-pedagógicos (ou pela falta deles). Além disso, a própria desorganização do processo contribui negativamente para a escassa participação da comunidade escolar na tomada das decisões e nos possíveis encaminhamentos. A pouca clareza com relação aquilo que se deseja faz com que as pessoas envolvidas, os maiores interessados no bom funcionamento escolar (comunidade escolar) por vezes, se distanciem das discussões, fazendo prevalecer o pensamento de um grupo reduzido, mas mais participativo, que nem sempre expressa a vontade da maioria. Daí a importância em se fazer com que as “regras do jogo” sejam bem claras para todos, a fim de que possam contribuir substancialmente nas possíveis mudanças, segundo o desejo da coletividade e fazendo com que a gestão democrática seja algo bem real.
    Albano - Física

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  8. O cancelamento das eleições da direção por parte do governador Beto Richa é uma das mais recentes formas de exclusão de decisão que interfere diretamente na escola e no meu trabalho. Esta ação é imoral e chega a ser ilícita, visto que contraria a democracia estabelecida em território nacional. Há vinte anos as escolas públicas conseguiram ter o direito de escolher seus representantes e o governo, junto a câmara, retiram-no com o discurso que tem muito a melhorar. Sim, as eleições para governo também, mas nem por isso é correto impedir o povo de exercer o direito ao voto.
    A análise do PPP foi uma das formas bem abordadas neste ano letivo aqui no CEP, o que possibilitou todos os professores fazerem suas colocações e discutirem a escola e formas de trabalho. Acho que nunca vi aqui ou em outra escola um trabalho tão efetivo como foi o deste ano.
    Observar a relevância desta ação possibilita sobre uma maior reflexão sobre o nosso trabalho, o que é bom para todo o corpo escolar.
    As leituras realizadas no caderno 5 também possibilita ao docente querer participar mais diretamente da gestão escolar, sendo em cargos de direção, quanto em conselhos escolares.
    Formas de avaliação é uma discussão que deveria ocorrer várias vezes ao ano. Talvez, seja um dos principais pontos que nos levam a refletir sobre o andamento da atividade docente, mas devido a forma que funcionam as escolas, acaba tornando-se uma ação rotineira, engolida pelas outras atividades da profissão. Além disso, as avaliações deveriam ser mais coletivas, visto que as disciplinas não se apresentam de forma isolada nas experiências de vida dos alunos. Deveríamos aumentar a comunicação entre docentes de diversas disciplinas para produzir materiais de maior qualidade para nossos alunos, mas o próprio perfil do professor de “levar o mundo nas costas e sozinho” torna esta cumplicidade cada vez mais difícil de ser concretizada.
    Um fator que me chamou atenção na escola neste fim de bimestre foi em relação a uma denúncia feita sobre o refeitório da escola – sobre o fato dos alunos se servirem sozinhos e da falta de verduras e legumes na alimentação. Esta denúncia acabou por fazerem as auxiliares servirem as refeições e também a incrementarem mais os almoços. Porém os alunos já haviam realizado estas solicitações, mas apenas com a intervenção do núcleo que se pôs em prática, diminuindo consideravelmente as filas e evitando almoços como – hoje é só purê de batata; ou hoje é só arroz com nuggets. Acho que faltou um pouco de atenção a esta solicitação, e não vejo que o problema é apenas o repasse financeiro, mas a organização da instituição – principalmente da nutricionista.
    Observamos que algumas ações do conselho tomaram destaque neste fim de ano:
    - o uso provisório de bermudas: Solicitado pelos alunos e justo, visto que os docentes começaram a aderir a este tipo de roupa com as ondas de calor na cidade.
    - a forma de funcionamento da piscina: Preocupação que anualmente assola a direção, visto que alunos do terceiro ano invadem a piscina do CEP como forma de despedida. O problema é que este ato pode ser perigoso a integridade física dos docentes e também acarreta em custos elevados para a manutenção da piscina, possibilitando que estas sejam utilizadas para as aulas.
    A equipe de educação física levou a ideia de fazer gincanas escolares (atividades diferentes e criativas), que foram aprovadas pelo colegiado, o que diminui a participação da invasão na data de ontem.
    Nosso conselho escolar é um órgão atuante. Claro que sempre há falhas, por exemplo, a comunicação entre os representantes e seus representados, mas que com certeza vem sendo e serão supridas conforme ocorre o amadurecimento do colegiado. A equipe do PACTO propôs algumas ideias para melhorar a comunicação do Conselho escolar com os representados e imagino que estas estratégias faram a diferença no próximo ano.

    Barbara (Química) e Fernando (Biologia)

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  9. O Grêmio tem bastante voz ativa dentro do colégio, visto que ele sempre é solicitado nas reuniões e também questionado sobre ações escolares. Eles também podem dar suas opiniões e/ou levar opinião dos alunos para a direção e órgãos escolares. Observa-se que o que populariza o grêmio são as atividades sociais, como os eventos, mas vejo que os alunos vêm trabalhado bastante em outros aspectos não tão notários para os alunos. A escola propõe aos alunos auxilio a alimentação, servindo lanches entre os intervalos, almoço e jantar gratuitos, até porque boa parte dos nossos alunos não vivem em regiões vizinhas. Desta forma, é impossível pontuar problemas de moradia e saneamento, visto a dispersão regional de alunos.
    O caráter patrimonialista é visível nesta escola como em qualquer outra. Dentro da sala de aula, o professor costuma se achar acima de todas as regras. É ele quem decide sobre o que é certo ou é errado, independente da instituição. Ele próprio se vê, assim como parte da sociedade, como a elite intelectual. Muitos pais têm realmente receio de vir conversar com o professor e de ser desvalorizado – mesmo que indiretamente, visto que não consegue controlar as ações do filho - apesar que a ideia que o professor sempre tem a razão vem sendo engolida pelo sentimento que ‘tenho que proteger meu filho, acima de tudo”.
    Algumas práticas auxiliam no rompimento deste sentimento:
    - Ações pedagógicos, para que o professor possa se ver que o aluno também é sujeito na escola
    - Capacitações como esta, que auxiliam na reflexão de nossas ações
    - Incentivo a participação dos pais na escola, fazendo que o mesmo também possa atuar de forma participativa.
    Em relação a autonomia, acho mais complicada a garantia de uma autonomia efetiva, visto que desde o descobrimento do Brasil, pouco lutamos pelos nossos direitos: até protestamos esporadicamente e utilizamos de meios tecnológicos para mostrar nossa insatisfação, mas nas urnas ou tentando lutar até adquirimos aquilo que achamos justo, deixamos muito a desejar. Acabamos nos contentando por aquilo que nos é cedido – autonomia concedida – e reclamamos entre nossas paredes do que seria nosso por direito. Exemplo, aceitar que não houvesse eleições para diretores. Era para estarmos, nós ou nossos representantes, até agora discutindo sobre isso, mas já tornou-se esquecido. Até porque para alguns, realmente excluo a direção do CEP desta fala, é cômodo permanecer onde está. Então, é melhor que tenha sido prorrogado o cargo, pois mesmo que injusto, me beneficiaria.
    Bom, o professor do CEP que não conhece o PPP da escola é porque não quer. Este ano em diversos momentos, como capacitações e das reuniões com coordenadores, o PPP foi discutido e replanejado. Ele vem sendo construído ano a ano por equipes docentes, pedagogos, direção, conselho, grêmio, ... e realmente em muitas equipes é norteador de decisões.
    Dentro da sala de aula, buscamos valorizar a opinião do aluno, escutá-lo e instiga-lo a agir criticamente. Claro, que não é uma tarefa fácil, pois:
    - muitas vezes os alunos criticam lutando por direitos, mas esquecendo de deveres
    - as vezes, até mesmo para ganhar tempo, é mais fácil agir hierarquicamente.
    Mas com certeza, com o tempo, as reflexões, e novos estudos, tanto o PPP como nossas ações como docentes devem ser aperfeiçoadas, buscando valorizar a ação de cidadão.
    Barbara (Química) e Fernando (Biologia)

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  10. Gestão Democrática da Escola
    A gestão democrática escolar é entendida como o processo que rege o funcionamento da Escola e compreende tomada de decisão conjunta na execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a Comunidade Escolar.
    Entende-se por Comunidade Escolar a equipe de Direção, a equipe Pedagógica, a equipe Administrativa, alunos regularmente matriculados e com frequência e segmentos de gestão colegiada.
    A Gestão Escolar, como decorrência do princípio Constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.
    Numa visão democrática, o Projeto Político-Pedagógico deve ser elaborado com a participação de todos os profissionais da escola. De forma coletiva, onde possam se sentir sujeitos do processo de transformação da realidade. Visando, uma sociedade mais justa, igualitária e cidadã.
    Devemos refletir na escola os valores culturais da comunidade e da cultura escolar, e delinear a proposta da escola a partir desta realidade. A história da cultura de uma escola depende de todos. Pois sem partilha não se cria uma cultura positiva para a escola. Assumir a escola e sua clientela, partilhando a história da construção de um projeto e tomar posse dessa história e de seus feitos, só assim estará contribuindo para a construção de uma proposta educacional sólida e coerente com as novas demandas da sociedade.
    Desse modo, a gestão escolar deve ser compartilhada e participativa, onde todos como o Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, APMF, líderes da comunidade devem fazer parte e contribuir com o Estabelecimento de Ensino.
    Nilton Cezar dos Santos
    Pedagogia

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  11. Nas escolas sempre são feitas reuniões em pequenos grupos para tomadas de decisões, depois de discutidas as ideias nos pequenos grupos (por áreas do conhecimento), as discussões são levadas no grande grupo, sempre em reuniões pedagógicas com essa finalidade. Em algumas situações, as decisões são tomadas mas não são efetivadas, e isso faz com que o coletivo de professores sintam-se sem voz para as tomadas de algumas decisões.
    Discute-se muito, mas pouco se aproveita da opinião dos professores, parece que quando são feitos os debates para as tomadas de algumas decisões, é só para dizer que teve, pois a impressão que se tem é que a decisão já está tomada antes mesmo dos professores se expressarem,
    Em relação ao conselho escolar, todos nós sabemos que ele existe e que reuniões acontecem com frequência, mas não sabemos quais são as pessoas que nos representam. Temos conhecimento da pauta de reunião, mas não sabemos das decisões tomadas nesses encontros, deve-se melhorar a comunicação antes e após as reuniões com os seus pares.
    As direções de escolas procuram ser bastante democráticas, trazendo sempre discussões que nos sejam pertinentes.
    As eleições para o grêmio estudantil acontecem anualmente, mas percebe-se pouca atuação destes com os estudantes. O grêmio deveria participar mais de uma conscientização da importância dos estudos nos dia a dia e participação maior de ações sociais.
    Quanto à gestão escolar temos abertura para discussão e tomadas de decisões, entretanto, algumas decisões discutidas coletivamente não são efetivadas.
    Quanto à APMF é bastante participativa, superou uma fase bastante turbulenta, mas está se reestruturando e tem possibilidade de melhorar bastante, para que isso ocorra deveria ter mais participação das pessoas envolvidas na escola: pais, estudantes, direção, funcionários e comunidade.
    Quanto ao PPP temos muitas discussões para melhorias e legitimação do nosso regimento. Geralmente as discussões são feitas em pequenos grupos, ou por uma comissão, e em seguida são levadas para o grande grupo, para uma melhor discussão e efetivação.

    Professores: Denise Adriane Regis e Enzo Aparecido de Souza (Matemáticos)

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  12. Uma situação na qual me senti excluído não é fácil descrever, mas como os professores Fernando e Bárbara citaram, uma situação que ocorreu recentemente, do governo que conseguiu cancelar o direito da comunidade escolar eleger seus representantes, foi uma total falta de respeito com nós professores.
    Por outro lado, uma situação na qual me senti incluído, novamente como citado pelos colegas professores, a de participar da reelaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, certamente a participação de diferentes pontos de vistas, opiniões, é possível elaborar um documento que norteará de maneira mais precisa, o desenvolver, caminhar da nossa escola.
    Certamente a participação do coletivo para estabelecer critérios do regimento do trabalho comunitário é de suma importância, a unificação das idéias das diversas áreas do conhecimento, serão capazes de gerir o bom desenvolver da vida escolar.
    (Cleiton Rosa - Física)

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  13. Caderno v- Tòpicos I, II,III,IV,V,VI

    1- educação é considerada um dos espaços centrais da escola pública. Compreendida como espaço social comum, no qual se busca a realização da plenitude da liberdade da dignidade humana e da ação política democrática (Arendt, 1995 ). esta é representada pela escola a qual sistematiza o saber, onde o estudante se socializa e percebe o outro em sua relação. Nesta perspectiva do fazer a educação é necessário que posamos estar com nossos pares de maneira que troquemos nossos conhecimentos e aprendemos com isso. O trabalho coletivo e pelo coletivo é imprenscidível.
    A gestão democrática se consolida em seis princípios citados pelo texto estudado: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade e valorização dos profissionais da educação. A da gestão escolar acontece quando os segmentos envolvidos e a comunidade assumem o respeito às diferenças e a liberdade de expressão. Não depende somente da legislação, ainda que seja uma dimensão fundamental. É um processo de construção social . Isto posto, a gestão da educação e a gestão democrática se interpenetram e se definem mutuamente. A educação é um direito social este é viabilizado pelos saberes da escola.
    No segmento Direção escolar e a gestão democrática, sente-se que mesmo com a conquista em 1980 da eleição de diretores, não garante uma gestão democrática na escola. Para que este processo se reitere é preciso que o colegiado entenda o que é uma gestão democrática e como ela possa ser viabilizada dentro do âmbito escolar. Este processo é uma conquista e exige dos envolvidos um trabalho voltado para a construção social, trabalho coletivo diálogo sincero , transparências de idéias. enquanto houver imaturidade diante deste processo ou ainda muitos estarem voltados para seus interesses pessoais , usufruindo de práticas politiqueiras não haverá crescimento.
    O conselho escolar dentro da linha histórica marca início em 1970 no Brasil. Este segmento só se fará democratizado a partir da consciência de que as desições tomadas serão a partir do que a escola realmente precisa e não da relação de seus participantes com outras pessoas do colegiado. este processo deve garantir junto aos demais segmentos, integração, diálogo político, pedagógico, entendimento de como é a escola, do que precisa e de quem são as pessoas que compõem o colegiado. E este só terá um trabalho efetivo se a comunidade escolar entender que a escola tem visões diferenciadas e conflitantes do que é educar, do que é qualidade de ensino e de como lidar com as situações.

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  14. O grêmio estudantil poderá desempenhar um papel essencial no desenvolvimento do protagonismo juvenil de natureza crìtica . Sua existência e funcionamento dependerá do projeto político pedagógico para se fortalecer em cultura democrática de ações voltadas para a construção social dos envolvidos. quebrando estigmas de segmento que promove festas e eventos, mas que participa ativamente do processo reforçando a proposta de diálogo transparente e participação ampla. Este deve estar mediado pelos professores que serão interlocutores do processo.
    Nem sempre o que chamamos de democracia é de fato democracia. Como está no texto, nem sempre quando se fala em democracia na escola se faz democracia na escola. Sabe se que mesmo estando sedimentada no projeto político pedagógico nem sempre efetiva-se a cultura democrática na escola. existe um distanciamento do que se propõe fazer e o que de fato se faz. É necessário que tenha autonomia para praticá-la, respeitando as diretrizes da comunidade escolar, respeito do que é legitimo como identidade daquela comunidade escolar. Esta autonomia defini-se como auto dirigir-se partindo da concepção como orientação para educar seus alunos de forma autônoma. Infelizmente , baseando-se no que está configurado historicamente o texto nos revela como marca cultural nacional, o patrimonialismo. Apresentando uma concepção de que se tem poder para mandar e obedecer. Mas, é imprescindìvel pautar-se de que a autonomia não se concede , porém se conquista. De maneira natural e não imposta. Uma gestão democrática na escola pública propõe ênfase nas posições discordantes, porém transparentes e abertas para as discussões com seus pares.
    Desta forma, é necessáŕio descrever os maiores desafios de uma escola pública em uma gestão democrática:
    -respeito a relação como o outro, consciência da comunidade escolar, autonomia, autenticidade, acreditar na coletividade e no bem comum sem prevalecer valores pessoais.
    A democracia deve-se estar implicitamente no cotidiano do ser humano. O projeto político pedagógico é o relato do cotidiano escolar, é a sua identidade. a relação entre o Projeto político pedagógico e a gestão democrática se efetiva nesta premissa. Compreendida assim, a democracia assume uma importante função pedagógica. Em dois momentos da vida escolar a gestão democrática mostra-se particularmente importante: Na construção do PPP e na sala de aula. O PPP não é apenas uma exigência legal para se guardar nas gavetas da escola. Ele é a identidade, a direção e é político pelas suas relações, pedagógico porque propôe uma definição do ser humano que se quer formar. è a intencionalidade da escola. sendo assim, só poderá fazer parte de uma gestão democrática se houver a participação e entendimento dos envolvidos no processo.

    Prof. Pedagoga. Mônica Soares

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