domingo, 28 de setembro de 2014

FILME "A VILA" - CADERNO IV - TÓPICO 1

Vejam o filme A Vila, de M. Night Shyamalan (2004).
Para complementar o estudo, sugerimos que alugue o filme em uma locadora e o assista em casa, levando para a sala de aula as reflexões propostas abaixo.

OU ACESSE PELO LINK: https://www.youtube.com/watch?v=UtwLBunFCCQ



A história se passa em uma comunidade rural ambientada no século XIX, autossustentável,administrada por um conselho de anciãos. Além da vila, há outros dois ambientes no filme, o bosque e a cidade. 
O primeiro é habitado por criaturas perigosas, já o segundo é apresentado como lugar do crime, da violência, do mal.
O bosque é cercado por um grande muro com cerca elétrica e câmeras de monitoramento, com a presença de vigias motorizados. Ultrapassar essas fronteiras traz um enorme risco. 
Uma medida de segurança é adotar o princípio do acautelamento, da preservação — elaborar e fixar formas para coibir ou inibir as possibilidades de conexão entre esses mundos.

Teríamos aqui uma metáfora para pensarmos sobre nosso isolamento no interior de nossas disciplinas: quais os riscos que parecem existir ao tentarmos interconectar esses nossos “pequenos mundos” ?


4 comentários:

  1. Caderno IV - Tópico I
    Quando nós da matemática propomos um desenvolvimento metodológico desconectado das demais áreas do conhecimento sentimos que as respostas de nossos estudantes apresentam-se sem significado e sem direcionamento. Percebe-se uma maior dificuldade de entendimento dos enunciados das atividades matemáticas. No entanto, quando na proposta de maior conexão com outras áreas no processo a aprendizagem se torna mais ampla e eficaz. Configura-se o porque e para que ensinar determinados conteúdos. O filme A Vila reitera este pensamento , pois retrata o isolamento de pessoas, limitando o homem busca de maiores desafios sociais. O isolamento do ser humano sem o seu fazer social dificulta a sua percepção em relação ao mundo. Nas disciplinas isto não é diferente. Pois necessita -se das intervenções além do que são do conhecimento específico da disciplina, dando significação, intelectual, social, política e histórica no contexto da área do conhecimento aprendida.
    Prof. Denise Regis - Matemática
    Prof- Ped- Mônica Soares.

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  2. Equipe: Bárbara, Fabricio, Fernando, Cristine e Cleiton.

    Os cursos de licenciatura formam profissionais que trabalham isoladamente. Por exemplo, o estágio supervisionado faz com que o aluno de licenciatura elabore o SEU plano de aula individualmente.
    Já que cada professor tem sua individualidade e formas de lidar com determinado assunto, trabalhos em grupo são cada vez mais difíceis por termos que lidar com opiniões divergentes.
    O tempo necessário para ampliar nossos conhecimentos e trocá-los com os demais colegas da profissão, a dificuldade de aceitar críticas e o medo do fracassar, torna nosso trabalho cada vez mais fechado, isolado e repetitivo.
    A formação do professor acaba sendo muito específica na área de atuação pedagógica, provocando receios de levantar questões que não estão em nossa área de domínio. Nossa posição de portadores de conhecimento alimenta ainda mais o trabalho isolado de cada disciplina.
    No filme “A Vila”, o medo de se expor ou ter que lidar com situações alheias àquele meio, fez com que os moradores da vila se isolassem procurando uma sociedade ideal.
    O isolamento apresenta vantagens como a harmonia, porém como vimos no filme, alguns recursos básicos faltam para atingir a sociedade ideal. Essa é uma metáfora bem clara que nos mostra que uma disciplina por si só não consegue passar todo o conhecimento necessário à interdisciplinaridade.

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  3. O filme "A vila" trata do isolamento social que um grupo de pessoas resolve adotar para fugir do mundo extremamente hostil que os cercava.
    De forma semelhante, as disciplinas, no interior das escolas, são pensadas e planejadas, na maioria das vezes, sem comunicação com as outras áreas do conhecimento. Este isolamento, na maioria das vezes, causa uma ruptura com a realidade, pois o mundo visto pelo aluno é interconectado, é globalizado ou integrado.
    Quando, por exemplo, um aluno assiste uma matéria sobre um abalo sísmico ocorrido na China. Ele vai ter, de acordo com a forma que a matéria for publicada, informações sobre vários aspectos relacionados com a Geografia, a História, a Sociologia etc. Uma matéria assim poderia ser transformada em aula usando os aspectos relacionados com as várias disciplinas existentes.
    Os professores foram condicionados a planejar suas aulas e seus conteúdos no interior das disciplinas sem a troca de ideias com outras áreas. Isto causa uma fragmentação no ensino e acaba interferindo na aprendizagem do aluno em sala.
    Professor Elói R. de Oliveira - Geografia
    Professor Daniel - Geografia

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  4. Arlete Dolny - Língua Portuguesa e Literatura27 de novembro de 2014 às 16:50

    Filme "A vila", de M. Night Shyamalan (2004) X Escola
    Pensar a escola e o processo escolar e fazer uma relação com o filme "A vila", leva-me a refletir em quatro personagens significativos do filme, cujas mensagens transmitidas, conforme suas importantes participações e atuações, fazem-me repensar o espaço escolar, enquanto lugar em que há o encontro e a atuação dos mais variados atores no fazer o funcionamento da instituição que se quer uma das que pode possibilitar, por meio do que se ensina e se aprende, um conhecimento que orienta e direciona para o desenvolvimento da sociedade, que se quer democrática.
    Noa Percy, embora com evidente deficiência mental para o aprender sistemático comum a todos considerados 'normais', conheceu, porém, que aquilo que se vivia naquela comunidade era uma grande farsa. Isso fica bastante perceptível na alegria que demonstrava ao ouvir os sons que vinham da floresta; nas suas idas e vindas livres, sem receio, para e da floresta; na acolhida à cor vermelha; ... e, finalmente, quando fez uso de uma das fantasias das criaturas para tentar impedir que se buscasse a solução para um problema gerado por ele mesmo, já que isso não o beneficiaria.
    Seria, de fato, Noa Percy, um ser limitado para todo e qualquer aprendizado?
    Avi Walker, a deficiente visual, quando questionada por Lucius se não tinha raiva por ser cega, respondeu-lhe: eu vejo o mundo, Lucius.
    Também em Avi a deficiência não impediu, embora tenha sido prevenida por seu pai acerca da farsa que ali se vivia, que buscasse a solução para o problema que atingira seu amigo Lucius. Transpondo todas as barreiras, que podiam tê-la impedido de alcançar seu objetivo, ela acreditou que podia realizar a tarefa a que se impôs e o fez - venceu suas limitições e providenciou os recursos necessários para resolver o problema.
    Kevin, o guarda-florestal, totalmente alheio e incrédulo à possibilidade de que dentro da reserva florestal pudessem viver pessoas além de animais, foi quem, sem alardes, sem pedir permissões, providenciou os recursos solicitados para a solução do problema do qual tomou conhecimento.
    Lucius - o problema. O fato de ter sido ferido por Noa o colocou estático, sem ação. No entanto, essa condição possibilitou que aquilo que buscava entender e mudar pudesse acontecer na ação dos personagens anteriormente citados.
    Lucius, e possivelmente outros jovens da comunidade, demonstrava a saudável curiosidade daqueles que querem saber o porquê de tudo quanto os rodeava e a que estavam limitados. Demonstrava a ânsia de querer ultrapassar as limitações a eles impostas, de ir além, de conhecer, de ter a liberdade de ir e vir na busca de respostas para os questionamentos para os quais ali não encontrava.
    Mas... aqueles, os anciões - os detentores das leis, do poder -, fizeram com que temesse as buscas, as mudanças, as transformações, os conhecimentos para os quais estava inclinado.
    E nós, enquanto educadores, temos permitido ou limitado os aprendizados?

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