segunda-feira, 30 de junho de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO: CADERNO I - TÓPICO 4

Como foi visto, temos um grave desafio a enfrentar em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e 17 anos não frequenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3%) ainda está, como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental.
Utilizando dados da PNAD/IBGE, vimos que a taxa líquida de matrícula para essa população passa de 17,3%, em 1991, para 32,7%, em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9% em 2009 (IBGE, 2010). 
Os indicadores apresentados são muito importantes na medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à educação e da permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o enfrentamento dos problemas. 
Diante deste quadro, como chegar à universalização do ensino médio?

9 comentários:

  1. Para chegar a universalização do ensino médio no Brasil em nossa opinião e como resultado de reflexões de nossa prática pedagógica acreditamos que é necessário: a construção de mais escolas possibilitando o acesso e permanência, gerando maior comodidade no deslocamento do local de moradia, também é importante a retomada da educação escolar como elemento primordial para a formação do homem omnilateral e a socialização com o (a ) diferente no mundo contemporâneo. ( Nilton Cezar dos Santos - pedagogo - Daniel José Gonçalves Pinto- Geografia )

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  2. Bárbara/ Fernando/Mônica5 de agosto de 2014 às 17:04

    Tópico 3 e 4

    Para que o ensino médio atue de modo a visar a formação humana integral, é necessário que considere-se os seguintes princípios e fundamentos:
    A reconstrução do currículo do ensino médio entendendo que esta transformação deve ser efetiva e que os seus envolvidos o façam com coragem para que este processo se consolide  em uma educação igualitária. Restringindo-se a unilateralidade  e preservando o desenvolvimento  humano em todas as suas potencialidades , visando a formação científica, tecnológica, humanística, política, estética.
    Para esta travessia, palavra citada com ênfase no texto, mais do que estar refletindo e enumerando perspectivas, torna-se imprescindível a atuação dos órgãos competentes no que diz respeito aos índices de evasão do ensino médio e os seus agravantes fracassos.
    Entre as necessidades prementes, tem-se a formação continuada dos professores, gestores e atuantes da educação.  Desde sua competência técnica, compromisso ético e seu pertencimento como educadores.
    Isto posto, mais do que traçar estes princípios é de grande significado como preceito básico da antropologia , citado no caderno dois dos documentos do pacto para o ensino  é que:….”se queremos compreender, é necessário conhecer”. Diante deste entendimento torna se primordial para o fortalecimento deste processo saber quais  juventudes estamos trabalhando.

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  3. Arlete Dolny - Profª Língua Portuguesa e Literatura - CEP6 de agosto de 2014 às 07:59

    Fazer do aprender a necessária e permanente atividade do brasileiro adolescente, jovem, adulto, trabalhador ou não, empregado ou não, seria uma conquista definitiva para, finalmente, garantir-se que o "gigante acordou" e, ao se desenvolver, porque gerador de qualidade de vida para toda a sua população, tornar-se o pais que fez da Educação o meio e o fim pelo qual se pudesse atingir a formação humana integral, possibilitando a condição a cada cidadão à atuação transformadora na sociedade, porque munido de conhecimentos já produzidos pela humanidade, possa gerar novos conhecimentos que farão com que a mesma sociedade seja beneficiada e, portanto, quiçá, igualitária.
    Porém, como chegar à universalização do ensino médio?
    Diante daquilo que foi exposto nesse Caderno I, considero que para que tal objetivo seja alcançado há que se fazer:
    1º) Possibilitar às famílias, cujos filhos em idade escolar, possam mantê-los nas escolas, porque seus ganhos salariais (de pai; de mãe; de pai e de mãe; e/ou do responsável legal) garantem a manutenção das necessidade básicas, bem como o acesso às mais diversificadas aquisições de saberes, de todos os integrantes desse grupo familiar.
    2º) Oferecer, garantir e cobrar a contínua e ininterrupta formação e (re)formação dos profissionais em Educação.
    3º) Atender às necessidades expressas no PPP de cada instituição escolar, numa garantia de que se possa alcançar a realização das metas e objetivos que foram considerados condicionadores para que se possa atingir o permanente aprendizado dos estudantes em cada contexto sócio-político-educacional, segundo suas singularidades.

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  4. Superar os problemas que enfrentamos na busca pela universalização do Ensino Médio não é tarefa simples, mesmo porque alguns deles são de ordem cultural e suas soluções passam por uma mudança de comportamento e reflexão profunda de cada indivíduo sobre seu papel frente à sociedade. Enxergar nessa etapa do ensino a sua importância quanto à formação de uma sociedade mais sadia, física, humana e intelectualmente é fundamental, inclusive para que possamos traçar os rumos a serem tomados em sua estruturação.
    O problema é que a própria escola deve contribuir significativamente para essa mudança. Assim, acabamos nos encontrando em uma espécie de círculo vicioso, onde ao mesmo tempo em que a escola depende de uma percepção diferente de sua função por parte da sociedade, ela mesma não consegue promover essa compreensão.
    Nossa atuação em sala de aula vai além da reprodução de conteúdos e aconselhamentos. Da mesma forma que nossos estudantes reproduzem, em parte, hábitos que trazem de casa, as atitudes que tomamos e a forma como agimos podem ser agentes formadores de seu caráter. Nesse sentido, a credibilidade de nosso trabalho passa, também, por agirmos de maneira compatível com aquilo que falamos.
    Problemas sociais também contribuem para termos maus resultados no Ensino Médio. Seja pelos estudantes que precisam trabalhar para ajudar no orçamento familiar, por aqueles que moram em locais distantes e nem sempre conseguem chegar à escola e até por outros que chegam mal alimentados ou doentes, por problemas como a falta de saneamento básico, água tratada, etc. São situações extremamente delicadas que podem fazer com que o rendimento escolar fique muito aquém do desejado. Obviamente que há a necessidade da implementação de políticas públicas que não sejam excludentes e compreensão de todos sobre a importância da coletividade. Afinal, o bem estar de um grupo reflete-se nos próprios indivíduos que o compõe, enquanto que a recíproca nem sempre é verdadeira. E sabemos bem disso pelas diferenças sociais encontradas em nosso país.
    Com relação ao currículo, é possível que estejamos pecando pelo excesso, pelas nossas escolhas quanto ao que se trabalhar e pela forma com a qual o fazemos. As duas primeiras, entre outras coisas, dependem de uma mudança no formato atual de ingresso no Ensino Superior, pois, em parte, estamos atrelados aos exames classificatórios. A terceira requer formação e estrutura física para que consigamos, por exemplo, aproveitar melhor todos os recursos tecnológicos inerentes ao mundo moderno e tão familiares à grande maioria de nossos estudantes.
    Diante disso, repensar nossas práticas representa um bom começo e replanejar, quando necessário, é fundamental.
    Albano; Cleiton - Física

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  5. Se os dados estiverem corretos (mais da metade dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos estão fora do ensino médio e um terço destes jovens ainda frequenta o ensino fundamental), então o problema é mais grave do que parecia. Para acharmos a solução para o problema, devemos entender a razão para tal fato ocorrer. Uma boa parte dos jovens entre 15 e 17 anos deixa de frequentar a escola por causa do trabalho. Então o problema aqui é econômico e social. Outra parte destes jovens são recrutados nos grandes centros urbanos pelo crime organizado. Temos aqui um problema social e de segurança pública. Uma parcela menor destes jovens tem dificuldade de aprendizagem e (talvez) aqui, nós professores, pudéssemos fazer algo a respeito.
    Podemos perceber que a maior parte dos problemas educacionais no Brasil é de responsabilidade do Estado. Então, para chegarmos à universalização do EM, o Estado que deve criar políticas públicas educacionais e sociais que facilitem o ingresso e a permanência dos jovens entre 15 e 17 anos nas escolas.
    Profº Elói R. de Oliveira

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  6. Se os dados estiverem corretos (mais da metade dos jovens entre 15 e 17 anos estão fora do ensino médio e um terço destes jovens ainda frequentam o ensino fundamental), então o problema é mais grave do que parecia. Para acharmos a solução para o problema, devemos entender a razão para tal fato ocorrer. Uma boa parte dos jovens entre 15 e 17 anos deixa de frequentar a escola por causa do trabalho. Então o problema aqui é econômico e social. Outra parte destes jovens são recrutados nos grandes centros urbanos pelo crime organizado. Temos aqui um problema social e de segurança pública. Uma parcela menor destes jovens tem dificuldade de aprendizagem e (talvez) aqui, nós professores, pudéssemos fazer algo a respeito.
    Podemos perceber que a maior parte dos problemas educacionais no Brasil é de responsabilidade do Estado. Então, para chegarmos à universalização do EM, o Estado deve criar políticas públicas educacionais e sociais que facilitem o ingresso e a permanência dos jovens entre 15 e 17 anos nas escolas.
    Profº Elói R. de Oliveira

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  7. Para chegar a universalização do Ensino Médio no Brasil:
    1) Construção de novas escolas e a reforma da grande maioria delas, deixando uma estrutura adequada para o aprendizado. Desde a estrutura física, como uma merenda reforçada..
    2) Os estudantes precisam estar motivados, e as políticas públicas sociais e educacionais precisam estar mais adequadas, atraentes para que eles não se desestimulem, e não tenhamos tanta evasão.
    3) Formação continuada dos professores e todos que atuam nos colégio, desde a direção até merendeira, serviços gerais, etc.
    4) Tentarmos entender o porquê de tanta evasão. E tentarmos solucionar o problema, ou parte dele.

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  8. Daniele Franco e Cristine Christofis de Amorim20 de agosto de 2014 às 15:27

    Observando as contribuições dos colegas nos deparamos com questões que envolvem problemas de políticas públicas e de acesso à escola, pois ainda no século XXI enfrentamos dificuldades econômicas e de isolamentos de comunidades inteiras e a realidade da escola permanece distante para esses brasileiros. Também nos deparamos com dificuldades que precisam ser enfrentadas com a mentalidade escolar. Observando o histórico do Ensino Médio apenas no Brasil, constatamos uma história razoavelmente curta se pensarmos em processo Humano, mas no interior da escola e na prática escolar, nos deparamos com uma mentalidade que cristalizou esse momento como se sempre fosse e devesse ser como é. Para podermos avançar na universalização não apenas retórica do Ensino Médio, temos que avançar com a nossa história, revendo os propósitos que almejamos como seres conscientes de nosso papel nesse Mundo, com objetivos humanizadores, realmente democratizando acessos a todos, para que estes atores sociais tenham condições cada vez mais equalizadas de atuar e encontrar seu lugar. Um dos aspectos que acredito ser fundamental é enfrentar a falta de perspectiva, pois o Ensino Médio como profissionalizante ou como passagem para a universidade não atende a outras perspectivas de formação humana, que pode ser que a dinâmica escolar como é posta hoje em dia nem sequer se concebe como possível.


    Daniele Franco e Cristine Christofis de Amorim

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  9. Entendemos que a educação deve ser repensada e que a mesma possa passar a ser um escola integral com qualidade, com escolas equipadas e preparadas para receber os estudantes, oferecendo a estes um ensino atrativo e de qualidade. Sendo um ensino atrativo e de qualidade, teríamos um ensino investigativo, prático e dinâmico. Além disso a escola teria um compromisso de oferecer esportes, pelo menos um curso de línguas fora da grade curricular, com cursos complementares direcionados aos possíveis cursos superiores, tais como maquetaria, marcenaria, robótica, eletricidade básica, hidráulica básica, corte e costura, topografia, culinária, economia doméstica, teatro, música, cinema, orientação vocacional, de mercado de trabalho, orientação política, orientação ética, saúde e preservação pessoal, orientação sexual.

    Denise Adriane Regis e Enzo Aparecido de Souza (Matemáticos)

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